terça-feira, 30 de março de 2021

O Mercado de trabalho hoje no Brasil de 2021...

O Mercado de trabalho hoje no Brasil:

O mercado de trabalho no Brasil, hoje, está muito precário. O Governo Temer realizou uma reforma trabalhista que retirou direitos dos trabalhadores e criou a figura do trabalho intermitente, que ocorre quando o trabalhador é chamado pela empresa para prestar um determinado serviço e é pago somente pela hora que trabalhou. Antigamente, a CLT protegia o trabalhador, obrigando o patrão a pagar o dia todo de trabalho deste empregado, e não apenas algumas horas.

Outras retiradas de direito também ocorreram durante o governo Bolsonaro. Os adicionais de periculosidade e de insalubridade, que acrescentavam um aumento na hora de trabalho de diversas categorias de trabalhadores, acabou. Trabalhadores que sofriam risco de vida, como seguranças, tiveram seus adicionais por hora diminuídos. E trabalhadores que realizavam atividades que faziam mal à saúde, tais como pintores, trabalhadores de indústrias químicas, operadores de máquinas de raio X, camponeses e agricultores que manejavam agrotóxicos, entre outros, também perderam tal adicional de insalubridade.

Outra retirada de direitos dos trabalhadores foi a reforma da previdência do Presidente Bolsonaro. Agora, todos os trabalhadores do Brasil, precisam trabalhar mais 10, 15 ou até 20 anos do que já eram obrigados, se quiserem se aposentar com alguma dignidade. Ou seja, trabalhadores que se aposentariam com 20, 25, 30 ou 35 anos de contribuição para a previdência, agora ficarão anos, senão décadas a mais trabalhando para se aposentarem.

O atual presidente Bolsonaro ainda quer aprovar uma Lei chamada de “Carteira Verde e Amarela”, que reduz quase todos os direitos trabalhistas, sob a desculpa que os patrões irão empregar mais. Este foi o mesmo argumento para o ex presidente Temer aprovar a reforma trabalhista dele, dizendo que haveriam mais empregos… mas o que ocorreu, foi justamente o contrário… o desemprego dobrou desde que a ex-presidente Dilma foi retirada do poder.

O Sociólogo Ricardo Antunes da Unicamp cita a figura do trabalhador precarizado nestes novos tempos do mundo do trabalho. Ciclistas e motociclistas que fazem entregas de alimentos e são considerados pelas empresas que os contratam como “empresários”, para disfarçar a relação trabalhista existente, mas que são tratados como escravos. Motoristas de aplicativos que tem que trabalhar 10, 14, 16 horas por dia, pois as empresas de aplicativos sugam quase todo o ganho dos mesmos… O Sociólogo e Professor Ricardo Antunes os chama de praticamente semi escravos da pós-modernidade. É a figura do trabalhador sem direitos, portanto, com relação de trabalho precária, por isso são chamados de precarizados.

No Brasil, os trabalhadores tentam resistir e lutar pelos seus direitos, como podem. Professores fazem greve para melhoria da educação e por aumento de salários, já que ficam tantos anos sem receber aumento e a inflação corrói o valor do dinheiro. Motoristas de aplicativos, motoboys, ciclistas, fazem greve internacional por direitos e melhores condições.

Greves na França dos trabalhadores chamados “coletes amarelos” contra a reforma da previdência que retire direitos. Greves e manifestações no Chile por melhores condições de trabalho, educação e direitos. Manifestações na Argentina em defesa do aborto e pelos direitos das mulheres. Em todo o mundo, os trabalhadores e estudantes saem as ruas para lutar pelos seus direitos.

Este processo de super exploração por que passa o trabalhador brasileiro, é um processo que tem acontecido em quase todos os países do mundo. A chegada da extrema-direita no governo de muitas nações, tais como a Inglaterra, os EUA, Hungria, Chechênia, Filipinas, Brasil, Índia e outros, tem feito com que muitos direitos dos trabalhadores e de muitas minorias sofram ou se percam. O aumento da concentração de renda em todo o mundo nos últimos 40, 50 anos, fez com que os bilionários queiram pagar cada vez menos impostos, forçando os governos a retirarem direitos dos trabalhadores e diminuindo o Estado de bem estar social.

Exercícios:

1) Como você acha que está o mercado de trabalho hoje no Brasil? Ele está favorável ao jovem? O que é o precariado? O que é a precarização do trabalho? Existe emprego pra todo mundo na sua opinião? Você já preparou o seu currículo? Já sabe o que vai fazer quando terminar a escola? Explique.

2) Na sua opinião, o capitalismo é bom ou ruim? O capitalismo é bom para o patrão? Ou para o trabalhador? Ou para os dois? Explique sua opinião.

3) Quais lutas acontecem recentemente em todo o mundo e agora durante a pandemia? Você concorda com alguma delas? Gostaria de apoiar? Qual? Explique.

O que são o taylorismo, fordismo e o toyotismo? Quem eles beneficiam?

O que são o taylorismo, fordismo e o toyotismo?

São técnicas de produção desenvolvidas desde o século XIX até os nossos dias que visam aperfeiçoar a produção de manufaturados tentando racionalizar as operações e o trabalho humano, tornando-os mais eficientes e lucrativos para os patrões.

Técnicas das Ciências, das engenharias, da Física, Química e tantas outras áreas são utilizadas, desde o trabalho mais simples ao mais sofisticado, afim de ganhar tempo, escala, produção, dinheiro, lucro para os ricos, patrões ou capitalistas.

O Taylorismo e o Fordismo, que são técnicas de produção, foram responsáveis por aumentar a produção de diversos produtos em todo o mundo, gerando mais consumo, mais empregos, mais riqueza, melhores condições de vida em várias nações.

O Toyotismo por sua vez, ajudou a inserir na indústria e depois nos outros setores, máquinas e depois robôs que acabaram com o emprego de muitos trabalhadores, gerando grande desemprego em diversas partes do mundo.

Estas técnicas de produção são filhas diretas do Positivismo, implantado dentro dos locais de trabalho. O positivismo é a crença de que a Ciência é a verdade absoluta e de que todas as áreas da vida devem ser conduzidas pela razão e pela experiência científica. Então, se existe um robô que faz um determinado trabalho melhor do que o humano, na visão do Positivista (aquele que defende o positivismo), o trabalhador deve perder o emprego, pois a verdade científica está acima de todo e qualquer questionamento.

A tecnologia e as diversas técnicas criadas pela ciência não podem ser consideradas neutras, ou seja, não podem ser entendidas apenas como meios para ajudar a "humanidade" de uma forma geral. Elas beneficiam a ampliação e fortalecimento do sistema capitalista fazendo com que os patrões ganhem cada vez mais dinheiro, poder, conhecimento que usam para controlar a sociedade ou manipular seus consumidores para que comprem mais ou votem nos candidatos e partidos que o poder do grande capital deseja.

No passado, ao permitir uma intromissão tão grande destas técnicas de produção e, portanto, do próprio Positivismo, nos locais de trabalho, os conflitos entre trabalhadores e patrões aumentavam. Mas, nos nossos dias, a ideologia da classe dominante, ou seja, as ideias dos patrões, tendem a dominar melhor as consciências dos trabalhadores. Isso é tudo o que os capitalistas mais querem: trabalhadores dóceis, alienados, que não reclamem, que não protestem, que não façam greve e que aceitem o salário de fome que recebem e o regime de semi-escravidão da sociedade capitalista.

A pergunta que fica a você estudante, para que reflita sobre sua vida, é: você vai aceitar ser eternamente explorado pelos capitalistas ou pelos patrões?

Exercícios:

1) O que é o Taylorismo? O que é o Fordismo? O que é o Toyotismo?


2) Quem se beneficia destas técnicas de produção? A classe trabalhadora ou a classe patronal? Explique.


3) Você estudante vai aceitar ser eternamente explorado como seus pais são pelos patrões ou capitalistas? Ou vai incentivar seus colegas de trabalho e escola a pensar e agir para construir um novo mundo? Explique.

4) A tecnologia tem lado? Quem ela mais favorece? Explique.
 

Como nasce o capitalismo para os clássicos da Sociologia?

Como nasce o capitalismo?

Depois de entender o que é o capitalismo e o que é um modo de produção, você pode entender o que pensaram os três grandes Sociólogos, pais da Sociologia, de como nasceu o sistema capitalista. Vamos ao que pensa cada um dos três:

Para Marx, o capitalismo nasce através da exploração histórica de uma classe social sobre outra, de um grupo social sobre outro ou de uma casta sobre outra ou ainda de uma etnia sobre a outra e assim vai pela história. Ou seja, para Marx, o capitalismo é fruto da exploração do povo, do trabalhador, do escravo, da plebe e consequentemente o enriquecimento das classes dominantes de cada época e sociedade.

Para Weber, o capitalismo nasce da ética do Protestante que via no enriquecimento pessoal a chance de ser absolvido de seus pecados. Essa sede pelo enriquecimento não estava presente nas práticas dos Católicos, como observou Weber. Os Católicos eram contra a cobrança de juros, contra a usura e a exploração excessiva. Para os protestantes, essas eram práticas comuns. Weber acredita que estas práticas dos protestantes tenham permitido surgir primeiramente nestas nações os primeiros bancos, o que ajudou a alavancar o desenvolvimento destes países. Ou seja, para Weber, o esforço do protestante em economizar dinheiro, trabalhar duramente toda a vida, acumular riqueza, seria prova de sua benção, não importando se o sujeito arruinou ou não a vida de seus trabalhadores pagando-lhes salários de fome. Esse comportamento do Protestante é que gera a riqueza de uma sociedade na opinião de Max Weber. É daí que nasce o capitalismo, para Weber.

Para Durkheim o capitalismo nasce da evolução das tecnologias e das técnicas de produção, como o taylorismo, fordismo e o toyotismo nos dias de hoje. O capitalismo é o auge da evolução humana para este Sociólogo. O capitalismo também é fruto de uma evolução tecnológica, científica para Durkheim. Portanto, para este Sociólogo, o capitalismo seria um desenvolvimento natural das sociedades mais avançadas e não fruto da exploração, como pensou Marx e nem fruto da ganância humana, como pensou Weber. Durkheim também tinha uma posição conservadora sobre a política, o que permitiu uma Sociologia conservadora, mantenedora da ordem do capital sobre quaisquer desvios de caminho que o capitalismo pudesse sofrer.

Exercícios:
1) O que é o capitalismo?
2) Como nasce o capitalismo para Marx? E para Weber? E para Durkheim? Explique.

O que é um modo de produção?

O que é um modo de produção?

Modo de produção é a forma pela qual uma sociedade em uma determinada época da história humana irá gerar sua riqueza e consequentemente sua pobreza também. O modo de produção também define se a riqueza produzida será compartilhada de modo justo e igualitário entre todos os membros da sociedade ou não. Existiram modos de produção que distribuíram ao longo da história humana a riqueza produzida de forma mais justa.

Os modos de produção mais importantes ao longo da História foram: o comunista, presente nas sociedades primitivas, indígenas, onde tudo o que era produzido era distribuído geralmente com mais igualdade entre as pessoas presentes daquele grupo, tribo ou etnia. O escravocrata, em que haviam os senhores de escravos e os próprios escravos. O feudal, que durou praticamente durante toda a Idade Média, onde o senhor feudal concentrava em si todos os poderes do Estado e do mercado. O modo de produção socialista que passou por diversas experiências em várias nações do mundo, onde ao menos teoricamente a riqueza era dividida de forma mais justa. E hoje, vivemos o modo de produção capitalista, melhor explicado abaixo.

Em outros momentos, como no modo de produção capitalista atual, a riqueza não tem sido distribuída de forma justa. Muito pelo contrário. No sistema capitalista que vivemos, cada vez mais os ricos ficam absurdamente mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres. O capitalismo é um exemplo do que é um modo de produção.

Mas o que é o capitalismo? É o sistema econômico em que nós vivemos. O capitalismo é o sistema em que o mais importante é o capital. Mas o que é o capital? É a riqueza produzida pelo trabalhador, mas que não fica nas mãos do trabalhador. É o sistema onde o capital vale mais do que tudo, inclusive mais do que todas as formas de vida. O capital é o lucro do patrão e a riqueza que os patrões tomam dos operários e trabalhadores em todo o mundo.

Por outro lado, ocorreram momentos na história em que os homens foram capazes de construir modos de produção mais humanos, menos violentos, mais respeitosos e éticos entre as pessoas, onde não haviam exploração de um homem sobre os outros. Não estamos falando de séculos atrás, mas de diversas experiências que aconteceram em vários países do mundo no século XX e que em pequenas escalas ainda sobrevivem em boa parte do mundo. Chiapas no México e sua autogestão; os Kurdos e o Kurdistão e a democracia direta; os Kibuts em Israel e na Palestina sem a presença do Estado; as diversas etnias indígenas da América isoladas e sem a presença do capital e da autoridade estatal...

Exercícios:

1) O que é um modo de produção? Quais são os principais modos de produção em todas as sociedades e épocas? O que gera um modo de produção?

2) Na sua opinião, é possível um mundo mais justo? Como podemos construí-lo? Explique.

O conceito de Mais valia na Sociologia e na Economia: um pequeno entendimento para estudantes do ensino Médio.

O conceito de “mais valia” na Sociologia e na Economia1:


  • É um conceito criado pelo economista “Liberal” inglês Adam Smith (1723-1790). Ele tenta explicar que o esforço do empreendedor ou do empresário, ao construir fábricas, fazendas, comércios e outras empresas, é que gera a riqueza de todas as nações. Para Adam Smith, é o empresário que coloca em risco seu patrimônio e seu nome ao investir num novo empreendimento.


  • Por outro lado, outro economista e sociólogo, o “Socialista” alemão Karl Marx (1818-1883), também acredita que é o trabalho humano que gera a riqueza das nações, mas não o trabalho do empresário em si (“trabalho não produtivo”), mas sim, o trabalho do próprio trabalhador (“trabalho produtivo”) que põe a mão na massa. Para Marx, é o trabalhador que gera a riqueza do patrão para que ele invista em outros empreendimentos e assim continue enriquecendo cada vez mais.


  • Marx explica que a “mais valia” aparece quando o trabalhador produz, durante horas de trabalho dedicadas ao patrão, um excedente de horas trabalhadas (que geram mercadorias ou serviços), no qual o “capitalista” (patrão) irá se apropriar gerando o lucro. Uma pequena parcela do que é produzido pelo trabalhador retorna para o mesmo em forma de salário. A maior parte fica nas mãos do patrão gerando o lucro do mesmo.


  • Este conflito chega até os dias de hoje dividindo as Ciências Humanas: de um lado os defensores das ideias de Marx, que acreditam que “se a classe operária tudo produz, a ela, tudo pertence”. E de outro lado, os defensores das ideias de Adam Smith, que acreditam na força e coragem do empresário para empreender. Para Marx, é a exploração do trabalhador pelo patrão, que faz aparecer em todo o mundo a imensa “desigualdade social e econômica” nos dias de hoje. Quando apenas seis pessoas em todo o planeta tem o mesmo dinheiro que metade da população da Terra, ou seja, quase quatro bilhões de habitantes, juntos, somados, tem o mesmo dinheiro que as seis pessoas mais ricas, isso é prova de quanto a exploração (ou a “mais valia”) produz de maldade e injustiça em todo o mundo.


  • Marx acredita que a única forma de se acabar com a “mais valia” (ou a exploração dos trabalhadores) é a “revolução”. A “burguesia” (ou os “capitalistas”), que são donos das fábricas, das fazendas, dos comércios, das empresas de uma forma geral, jamais entregarão suas riquezas aos trabalhadores. A burguesia jamais abrirá mão de seus privilégios. Por isso, Marx acredita que a única forma de se resolver essa situação, é através de uma “revolução”, em que os trabalhadores tomem o controle do Estado e assumam o controle das empresas, iniciando assim as reformas que farão o “Socialismo”.


  • Este conflito entre patrões e trabalhadores no “capitalismo”, ocorre por que os patrões querem aumentar seus lucros e, para isso, precisam explorar mais os trabalhadores. Por outro lado, os trabalhadores não querem receber salários menores (pois já recebem uma pequena parcela do que produzem). Este impasse gera o que Marx chamou de “luta de classes”. É um conflito eterno entre burgueses e proletários. Marx dizia em seu livro, “Manifesto do partido comunista”: “A história da humanidade é a história da luta de classes”. Esta “luta de classes” é muito importante para ele. É um conflito positivo para a humanidade, pois, através deste choque entre as classes, poderia surgir uma nova sociedade: uma nova sociedade sem explorados, sem exploradores, sem injustiças, sem crimes, sem desigualdades, sem preconceitos. Ou seja, uma sociedade sem patrões, onde só existam trabalhadores: é a sociedade “socialista”.


  • Marx acredita que quanto maior é o conflito entre as duas principais “classes sociais” (“burguesia” e o “proletariado”), maior será a chance de criar e desenvolver a “consciência de classe” dos trabalhadores, para que acabem com a exploração que sofrem fazendo a “revolução”. Ou seja, que os trabalhadores assumam o controle das fábricas, fazendas, enfim, dos “meios de produção”. Este seria o início da sociedade ou economia “socialista”. Para Marx, seria uma sociedade em que as riquezas seriam distribuídas de forma justa entre os trabalhadores, sem exploração, sem injustiças, sem desigualdades, sem crimes, sem diferenças. Os trabalhadores deveriam administrar o “Estado” e toda a economia. Os políticos seriam representantes escolhidos diretamente por gente do povo e não milionários e bilionários que se elegem nos dias de hoje, defendendo apenas seus interesses.


  • Para Marx, existe uma frase que explica bem como os trabalhadores devem se libertar: A emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores.” Este era o lema da 1º Internacional: uma união de trabalhadores de todo o mundo lutando para se libertar da prisão imposta pelos patrões aos povos de todo o mundo. Ou seja, os trabalhadores devem se unir e não aceitar a intromissão de chefes e políticos na libertação de si e dos outros operários em todo o mundo.


  • Esta “consciência de classe” fará o trabalhador desenvolver uma noção crítica da sua realidade pessoal e da classe que pertence. Com a consciência de classe, o trabalhador se liberta da opressão que a burguesia exerce sobre suas ideias. Dessa forma, o trabalhador quebra a “alienação” que o envolve e desmonta os argumentos da “ideologia” da “classe dominante” que o mantém aprisionado, impedindo-o de pensar e agir por uma vida melhor para si e para seu próximo. Por isso a importância da educação, da escola, dos estudos, da formação intelectual de todo cidadão, pois para ele, a consciência crítica é o maior bem que o trabalhador pode possuir na vida. Assim pensou Marx lá no século XIX.

Texto do Professor Fernando Monteiro.

Direitos humanos são apenas para os humanos direitos? Direitos humanos são direitos dos manos?

Direitos humanos são apenas para os humanos direitos? Ou para os errados também?1

  1. Os direitos humanos nasceram nas revoluções inglesa, americana e francesa. Porém, foi durante a revolução francesa que se criou a primeira declaração dos direitos do homem. Em 1948, com a fundação da ONU – Organização das Nações Unidas, quase todos os países apoiaram a declaração universal dos direitos humanos.

  2. A grande influência para as ideias que geraram os direitos humanos foi dos filósofos iluministas: John Locke, Rousseau, Voltaire, Kant e outros.

  3. Para os filósofos Iluministas, as pessoas deveriam pensar por elas mesmas, ter senso crítico da realidade e do mundo, pensar sobre o que ocorre na sociedade e defender o que é certo. Defender a vida humana sempre foi o mais correto que eles fizeram.

  4. Os direitos humanos protegem as questões mais básicas: o direito à vida, o direito à saúde, à educação, cultura, lazer. Os direitos humanos nos protegem para que nenhum governo tenha a capacidade de destruir as nossas vidas. Os direitos humanos nos protegem da tortura.

  5. Os direitos humanos servem a todos (as). Protegem tanto a vida dos policiais quanto dos criminosos, pois a vida de todo ser humano é importante, sem exceções.

  6. Quando Cristo nos dizia: “Amai ao próximo como a ti mesmo”, está no fundo defendendo os ideais dos direitos humanos. Ele está defendendo a ideia de que devemos respeitar a vida do próximo da mesma forma que respeitamos a nossa vida.

  7. Quando a Bíblia nos diz: “Não matarás!”, também está defendendo a vida humana acima de tudo.

  8. A vida de cada pessoa é única e deve ser preservada sempre. Independente do erro que o sujeito possa ter cometido.

  9. Quando uma pessoa comete um erro, ou um crime, ela deve ser penalizada pelo erro ou crime que tomou. Mas nunca perdendo a própria vida. Pois a vida é sagrada!

  10. É por isso que os defensores dos direitos humanos são contra a pena de morte. Pois, não se pode matar outro ser humano. Pena de morte é repetir o erro que o assassino fez.

  11. Quem deseja a morte do próximo e acha que isso é justiça, está enganado. Quem deseja a morte de presidiários por achar que eles devem pagar por seus erros dessa forma, perdendo a própria vida, não quer justiça, mas vingança. E vingança é o contrário da justiça. Justiça deve ser um ato de amor ao próximo e não de ódio ao próximo.

  12. No Brasil, nos últimos dez anos, foram assassinados mais de 300 defensores dos direitos humanos. São pessoas que defendem a natureza, mas também o direito das pessoas existirem. São índios, professores, agricultores, ambientalistas, padres, estudantes e outros (as).

  13. Por isso, quando se diz que os direitos humanos são apenas para os humanos direitos, o que se quer dizer na verdade, o que está por trás desse discurso, é o ódio ao próximo. É o ódio às minorias diversas que muitas pessoas não aceitam, por recalque, por preconceito, por ódio e outros motivos sem valor. Os direitos humanos são para todas as pessoas. Sem exceção. Independente se a pessoa é “direita” ou “errada”.

  14. Em todo o mundo, nos últimos anos, vários partidos de extrema direita têm ganhado as eleições, com apoio indireto de muitas redes sociais, que ajudam a espalhar fake news ou notícias falsas, influenciando as decisões dos eleitores. Estes partidos de extrema direita são contra os direitos humanos em todo o mundo, pois são os defensores de direitos humanos que mais defendem a vida e, estes (a extrema direita), defendem o ódio às minorias de todos os tipos: negros, pobres, favelados, jovens, moradores de periferia, mestiços, mulheres, deficientes físicos e mentais, gays, lésbicas, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis, índios, judeus, palestinos, estrangeiros e tantas outras minorias no Brasil e mundo afora, estão sendo perseguidas por estes partidos de extrema direita e seus militantes extremistas. Devemos apoiar os direitos humanos para que estas pessoas tenham seus direitos a vida respeitado!

  15. Todas as pessoas devem ser respeitadas, independente da escolha religiosa, sexual, política, de etnia, raça que possam ter. Os direitos humanos estão aí para defender as nossas vidas. Você quer perder a única defesa que você tem de proteger sua vida? Se não quer, defenda os direitos humanos!

Exercícios:

1- O que são os direitos humanos?

2-Quem é contra os direitos humanos, pode se considerar Cristão? Explique.

3-Quem tem preconceitos, pode se considerar um Cristão? Explique.

4-Quem merece os direitos humanos? Explique.

5-Quem defende a pena de morte, pode ser considerado Cristão? Explique.

6-Quem deseja a morte do próximo, mesmo que o próximo seja um criminoso, ou um assassino, pode se considerar um Cristão? Explique.

7-Quem vota na extrema direita e defende a morte de muitas minorias, tais como negros, pobres, favelados, gays, lésbicas, índios, deficientes físicos e mentais e outros (as), pode ser considerado Cristão? Explique.

8-Você respeita as escolhas das pessoas que vivem a sua volta? E as que vivem distante? Você respeita a orientação sexual, política, de religião e outras das pessoas? Explique.

9-Por que quando um governo não respeita os direitos humanos, a vida das pessoas corre mais risco? Por que as pessoas são torturadas no Brasil e no mundo? Explique.

10-Na sua opinião, por que o Brasil é o país que mais mata mulheres no mundo? Por que o Brasil é o quarto país que mais mata pessoas da comunidade GLBTT em todo o mundo? Será que é por que os direitos humanos não são respeitados pelos governos e pelas pessoas? A vida das pessoas vale alguma coisa no Brasil? Explique.

1 Texto do Professor Fernando Henrique Monteiro. Formado em Ciências Sociais pela PUC-SP com especialização pela UGF-SP e Mestrado em Filosofia também pela PUC-SP.


Uma pequena introdução sobre alguns conceitos de Pierre Bourdieu.

A Sociologia de Pierre Bourdieu (1930-2002):

Bourdieu é um dos Sociólogos mais estudados em todo o mundo. Ele desenvolveu diversos conceitos que explicam, por exemplo, como o poder se mantém e se reproduz nas sociedades capitalistas atuais.

Capital:

O conceito de “Capital”, na teoria sociológica de Pierre Bourdieu, é um sinônimo de poder. Consiste em ativos econômicos, culturais ou sociais que se reproduzem e promovem mobilidade social para o agente que o possui. O capital diz respeito aos recursos que um indivíduo possui que lhe fornece vantagens e privilégios em relação àqueles que não os tem.

Bourdieu elabora uma tipologia com três categorias de capital: capital econômico, capital social e capital cultural. O autor identifica uma quarta forma, denominada capital simbólico, que corresponde a qualquer uma das três formas de capital na medida em que são apresentados no contexto social.

Capital Econômico:

Capital econômico corresponde ao comando de recursos econômicos, como dinheiro e posses. Pierre Bourdieu iguala o capital econômico a “trabalho acumulado”.

É o tipo de capital dominante. O capital econômico está na raiz das outras formas de capital, podendo ser transformado nelas a partir de procedimentos adotados pelos agentes sociais. A posse de fábricas, fazendas, empresas, dá grande Capital Econômico ao agente que o possui.

Capital Social:

Capital social remete à rede de obrigações sociais (ou “contatos”) que é possível de se converter em capital econômico e pode chegar a ser institucionalizado (no passado) na forma de títulos de nobreza. Está relacionado ao status que o agente tem em nossa sociedade.

Capital Cultural:

Capital cultural consiste em ativos sociais ligados a uma pessoa, como educação, intelecto, estilo de fala, domínio da linguagem escrita, verbal, posse de diplomas, fluência em outras línguas, boa vestimenta, etc, que são capazes de promover mobilidade social numa sociedade estratificada, como a nossa. O capital cultural pode ser uma escada para a subida de uma pessoa na hierarquia social, pela via da educação e cultura.

É este conceito que explica, segundo Bourdieu, por que alguns alunos vão bem na escola e outros não. Por que a escola, segundo ele, tem a função de preservar a desigualdade social entre as classes, ensinando um saber que atenda a realidade e a necessidade da classe que domina ou controla a sociedade e não a classe dos dominados. Em outras palavras, a escola ensina um saber voltado para as classes dominantes e não para o povo. A realidade do povo não se observa na escola. Por exemplo: você não escutará funk ou rap nas escolas; você não estudará ou fará capoeira nas escolas; você não experimentará ou fará feijoada nas escolas, você não verá uma roda de samba ou aprenderá a tocar um instrumento típico e popular nas escolas, etc… Para Bourdieu, o saber do povo não tem espaço nas escolas, o que afasta o jovem pobre e o faz se desinteressar pelo saber e pelos estudos, pois esta instituição não reflete sua realidade.

Violência Simbólica:

Violência simbólica é um conceito elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, que aborda uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, causando danos morais e psicológicos. É uma forma de coação que se apoia no reconhecimento de uma imposição determinada, seja esta econômica, social, cultural, institucional ou simbólica. A violência simbólica se funda na fabricação contínua de crenças no processo de socialização, que induzem o indivíduo a se posicionar no espaço social seguindo critérios e padrões do discurso dominante.

A Violência simbólica não ignora a possibilidade de as crenças dominantes imporem valores, hábitos e comportamentos aos dominados, sem recorrer necessariamente à agressão física, criando situações nas quais o indivíduo que sofre a violência simbólica sinta-se inferiorizado como acontece, por exemplo, nas questões de bullying (humilhação constante), preconceitos de raça, gênero, sexualidade, etnia, etc.

Exercícios:

Observação:

Responda no caderno. Não é necessário copiar as perguntas. Tire foto e envie para o zap do Professor ;)

Coloque nome e turma no caderno.

1-O que é violência simbólica? Você já sofreu algum tipo de violência simbólica? Qual?

2-Existe violência simbólica na escola? Explique e dê um exemplo.

3-Qual a relação entre violência simbólica e capital cultural segundo o Sociólogo Pierre Bourdieu?

4-Qual o papel da família na produção de capital cultural para Bourdieu?

O processo de socialização é uma faca de dois gumes?

 O que é o processo de socialização? Qual é sua importância?1


  1. É o processo que nos ensina a viver em sociedade, que nos ensina a internalizar uma linguagem comum aos outros indivíduos que habitam a mesma sociedade. É o processo que nos ajuda a entender as regras de convivência daquela sociedade, sua moral, costumes, tradições, mitos, entre outros.

  2. A importância desse processo é tornar o ser humano um indivíduo civilizado, ou seja, tirá-lo do estado de barbárie, do estado selvagem e ensiná-lo a cultura de uma etnia ou de um povo. Dessa forma, o processo de socialização tem o objetivo de humanizar o ser humano, retirando o do constante estado de guerra Hobbesiano de “todos contra todos”.

  3. Durante o processo de socialização, um sujeito desenvolve suas faculdades mentais, intelectuais e culturais. O objetivo final, ao menos para os Filósofos Iluministas, é a criação e o desenvolvimento do senso crítico ou científico no processo de aprendizado escolar.

  4. Por esta razão, o processo de socialização se divide em dois: o primário e o secundário.

  5. O processo de socialização primário ocorre no seio da família, dentro da família nuclear, entre pais e filhos e entre os próprios irmãos e irmãs.

  6. O processo de socialização secundário ocorre na creche, na escola e pretende-se que continue em todas as instituições da sociedade, por toda a vida.

  7. O processo de socialização não é fácil para nenhum ser humano. Ninguém nasce sabendo ler, escrever, falar, escutar e entender o código linguístico fonético de um idioma. É necessário aprendê-lo desde o berço.

  8. Este processo demanda esforço pessoal imenso do indivíduo que está nele. Demanda foco na audição das aulas da escola, no estudo, na disciplina de exercitar o que fora lecionado pelo professor; demanda comprometimento do aluno com o seu futuro e com o futuro da sociedade.

  9. Socializar é um ato de violência contra si mesmo. Educar-se ou escolarizar-se é um ato de violência, de coerção contra nós mesmos, pois temos que aceitar novas regras de convivência social, de cultura, de comportamento que não tínhamos antes. É um paradoxo segundo Freud e Adorno. Temos que vir a escola todos os dias desde os 4, 5, 6 anos de idade obrigatoriamente para aprendermos a cultura da sociedade que vivemos. Quantas vezes o sujeito deseja fazer suas coisas particulares e é obrigado a fazer as tarefas que a escola impõe ou que a socialização o obriga. Nesse sentido, ao mesmo tempo que o processo de socialização é libertação do homem diante da barbárie, da selvageria, ele também é bárbaro e selvagem com cada ser humano, quando é obrigado a se reprimir e aceitar as regras da sociedade para viver. E no futuro o indivíduo tem que transmiti-la a seus filhos e filhas, netos e netas...

  10. Por isso, quando ocorre a cobrança de professores e pais aos estudantes para que estudem, para que se preocupem com a escola, com o entendimento das matérias, não se trata apenas da cobrança a um único indivíduo, mas uma cobrança pelo futuro do bom funcionamento da sociedade. Quanto mais estudantes, quanto mais esforço, quanto mais dedicação, mais chances de futuro o sujeito possui e a sociedade também.

  11. O processo de evolução humana se dá vivendo em sociedade. Na antiga Grécia, as Pólis eram as cidades Estado. É daí que surge o nome Política, de Pólis. Política era o ato de viver em sociedade, ou seja, ao ato de se humanizar, de se civilizar. Da mesma forma, cidadania é o ato de se viver bem na cidade. São a cidadania e a Política que vivem de mãos dadas e ensinam o ser humano a ser mais humano, a serem civilizados. Fora da Política e da Cidadania, só existe a barbárie, a volta a selvageria. Por isso a importância de entendermos a política e participarmos da política. De fazermos cidadania na prática, exercer nossos direitos e lutar por eles também.

  12. Conclusão: quem somos nós para julgarmos as pessoas pela maneira que pensam ou agem em nossa sociedade? Será que o processo de socialização de todos os seres humanos é igual? Será que todos passaram por processos de socialização justos? Será que todos passaram por processos de socialização humanos? Não, com certeza não! Para alguns, o processo de se ajustar à sociedade e suas regras e normas é traumático e continuará sendo pelo resto da vida. Para outros que se acostumaram ao processo de viver uma vida artificial, civilizada, longe da natureza, se tornou uma coisa normal ser anormal…

Exercícios:


1-O processo de socialização, é benéfico ou maléfico ao ser humano? Explique.


2-E pra você: seu processo de socialização foi benéfico ou maléfico? E como é hoje? Explique.


3-Cite dois exemplos de boa e má experiência no processo de socialização do ser humano.


4-Como foi seu processo de socialização primário? E secundário? Explique.


5-Existe um paradoxo no processo de socialização humana segundo Theodor Adorno? Explique.

1Texto do Professor Fernando Henrique Monteiro, formado em Ciências Sociais pela (PUC-SP) com especialização (UGF-SP) e Mestrado (PUC-SP) em Filosofia.

Dicas de filmes que entendo serem importantes para a formação intelectual e acadêmica do estudante de ensino médio e superior.

Dicas de filmes, minisséries e documentários para os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental II, Médio,  cursinho e ensino superior – Prof. Fernando Monteiro:

Dicas de Filmes – questão racial:

Obs: última atualização desta lista foi do primeiro semestre de 2019.

1-Os panteras negras: vanguarda da revolução.

2-A resposta.

3-Mandela.

4-O mordomo da casa branca.

5-12 anos de escravidão.

6-Django.

7-Amistad.

8-Histórias Cruzadas.

9-A 13º emenda.


Dicas de Filmes – Ditadura Militar no Brasil:

1-Lamarca.

2-O que é isso companheiro?

3-Marighela.

4-Jango.

5-O dia que durou 21 anos.

6-Getúlio (tem dois filmes).


Dicas de outros filmes – Sociologia, Filosofia, História, Geografia, Literatura, Ficção Científica, etc:

1-Che 1 – a revolução. Tema: Revolução Cubana.

2-Che 2 – a guerrilha.Tema: Revolução Cubana.

3-Diários de Motocicleta. Tema: vida do jovem revolucionário Che Guevara.

4-Terra e Liberdade. Tema: História da Guerra Civil Espanhola.

5-Escritores da Liberdade. Tema: Educação.

6-Giordano Bruno. Tema: Filosofia e História.

7-O nome da rosa – Humberto Eco. Tema: Filosofia e História. Idade Média.

8-Memoria del saqueo – Fernando Solanas. Tema: conflitos sociais na Argentina em 2001.

9-Germinal. Tema: história do movimento operário no século XIX.

10-Ágora. Tema: Filosofia. Vida da Filósofa Hipátia.

11-Os Libertários. Curta metragem. Tema: história da formação do movimento sindical no Brasil.

12-Amadeus. Tema: História da vida de Mozart. Música Clássica.

13-Sociedade dos poetas mortos. Tema: Educação e Literatura.

14-Ensaio sobre a cegueira. Tema: Literatura – José Saramago.

15-Edukators. Tema: revolução social. Política, Economia e Filosofia.

16-V de Vingança. Tema: revolução social. Ficção científica de história em quadrinhos.

17-Segunda feira ao sol – Tema: Desemprego, mundo do trabalho.

18-Tempos Modernos. Chaplin. História, Sociologia e Filosofia.

19-O encouraçado Potemkin – Eisenstein. História, Sociologia e Filosofia.

20-O jardineiro fiel – Fernando Meireles. Literatura.

21-Terra em transe. Glauber Rocha. Clássico do cinema brasileiro.

22-Deus e o diabo na terra do sol. Glauber Rocha. Clássico do cinema brasileiro.

23-Os fuzis – Ruy Guerra. Clássico do cinema brasileiro.

24-O bandido da luz vermelha – Sganzerla. Clássico do cinema brasileiro.

25-A fita branca. Tema: Retrato do povo alemão Pré I Guerra Mundial.

26-Blade runner: o caçador de androids. Ficção científica.

27-Blade runner 2049. Ficção científica.

28-Matrix. Ficção científica.

29-2001: uma odisseia no espaço. Kubrick. Ficção científica.

30-Metropolis. Fritz Lang. Ficção científica.

31-Solaris. Tarkovsky. Ficção científica.

32-Corra Lola corra. Ação e Política.

33-Watchmen: o filme. Ficção científica de história em quadrinhos.

34-Minority report: a nova lei. Ficção científica.

35-Wall-e. Andrew Stanton. Desenho e ficção científica.

36-Ele está de volta. Comédia política, História, Filosofia.

37-O menino do pijama listrado. História da II Guerra e a vida em campos de concentração.

38-O leitor. História da II Guerra.

39-O jogo da imitação. História, História da Computação, História da Matemática.

40-Libertárias. História da Guerra Civil Espanhola.


Minisséries importantes:

1-The handmaid's tale.

2-Merli.

3-3%.