segunda-feira, 20 de julho de 2009

A doutrina anarquista ao alcance de todos.
José Oiticica. 5º Edição. Editora Achiamé. 2006. Rio de Janeiro.

Um clássico do anarquismo em língua portuguesa. Oiticica faz uma obra onde expõe argumentos centrais, fortes, práticos ao cotidiano e básicos para a defesa da anarquia, a explicação sobre a mesma, sua história, suas lutas, exemplos, tratando dos mais diversos assuntos e opiniões e debates em torno do que disseram e fizeram os libertários em todos os tempos. Sem sombra de dúvida é uma obra Sociológica sobre a Anarquia e o ponto de vista do que podemos chamar de Sociologia Libertária.

Edgar Rodrigues abre o livro com uma introdução de 17 páginas retratando a vida e a obra do autor fazendo uma retrospectiva da vida de Oiticica e o seu envolvimento com o movimento sindical revolucionário fortemente presente na primeira República. Edgar nos lembra que o livro é escrito em papeis de embrulho de pão, papel jornal e da maneira mais secreta possível, pois José Oiticica estava encarcerado na prisão de Ilha Rasa quando escreve a obra nos anos de 1925. Portanto, existem discussões dentro do movimento Libertário internacional que não estão postas na obra tais como os argumentos e críticas de Rudolf Rocker e seu combate ao Leninismo ou as experiências do anarquismo espanhol que 11 anos antes do início da Guerra Civil já impulsionava o movimento libertário mundial na luta. O livro todo é dividido em 4 partes. A obra toda também é dividida em 123 tópicos, sendo o último item, O movimento Makhnovista na Ucrânia, dividida em outros 42 sub-tópicos. Cada um destes itens ou tópicos trata exclusivamente de um tema geralmente caro aos anarquistas, que vão desde questões sexuais, educacionais, religiosas até as questões econômicas, filosóficas, políticas e diversas entre outras.

Primeira Parte:

Na primeira parte defende a idéia de que o Estado é “órgão de defesa dos proprietários contra os proletários e de regularização da concorrência entre possuidores”.
[1] Para ele, o Estado assume sete características importantes: a feição econômica, financeira, política, militar, jurídica, pedagógica e religiosa.

Como todo homem de seu tempo, também retrata os problemas de seu tempo. Fala da inflação, as campanhas contra a carestia sempre foram fortes argumentos e fontes de luta contra o Estado e o Capital. Na página 40 e 41, itens 24 e 25, tratam do tema de uma maneira muito clara e lúcida. Facilitando a abordagem do tema e da discussão para o mais leigo compreender do que se discute e trata. Aliás, essa é uma marca constante em toda a obra e em todos os assuntos de que aborda. Oiticica escreve da maneira mais direta, simples e correta sem deixar de ser rico, inteligentíssimo e erudito nas suas palavras. O autor também nos remete a Revolta da Chibata em 1910 no Rio de Janeiro e a Revolta de Canudos.

Nos itens 34, 35 e 36, faz uma discussão esclarecedora sobre o papel dos anarquistas diante da Lei. Expõe a idéia de que não é nossa finalidade criar Leis ou melhora-las. Pelo contrário. Nossa finalidade é destruir o Estado e toda Legislação imposta de cima para baixo. Mas acredita que a criação das Leis quando realizada por pressão dos trabalhadores é benéfica pois mostra ao povo que a pressão popular pode surtir resultados e assim faz crer ao proletário que só a luta pode trazer respostas positivas na sua vida coletiva e pessoal. Termina a questão dizendo que uma Lei só é boa quando extingue outra Lei.

Nas páginas seguintes trata da questão da religião, educação, Igreja, Escolas tecendo fortes críticas e argumentos muito bem construídos. Vai até Francisco Férrer para mostrar a audácia da Igreja ao forçar o Estado Espanhol a executá-lo pois aquele desafiou a Igreja e sua Escolas. Em 13 de outubro de 2009, faremos cem anos do fuzilamento do Educador Espanhol Francisco Férrer.

Na página 60, faz uma consideração importante sobre um dos Setores importantes da atividade econômica no capitalismo: o Comércio. Defende a idéia nosso ilustre autor, de que a existência do mesmo na sociedade Acrata é dispensável como também prejudicial:

“Fora dos produtos inúteis propriamente do Estado, outro há que absorve milhões de braços parasitas: o comércio. A função do comércio é aproximar o consumidor do produtor. Veremos que, em regime anarquista, se faz isso diretamente, pelo serviço de distribuição. Em regime capitalista, faz-se por uma série de intermediários que vivem exclusivamente disso”.
[2]

Segunda Parte:

Trata também de diversos assuntos entre os quais a propaganda anarquista, a supressão da autoridade, do Estado e dos Governos, traz uma grande passagem de Kropotkin em a “Conquista do Pão”, descreve 6 grandes grupos de inimigos do anarquismo, entre eles: os proprietários, os religiosos, os pedagogos burgueses, socialistas reformistas, socialistas coletivistas, socialistas autoritários e dentro deste último grupo os partidos políticos tanto de esquerda como os de direita.

Aqui Oiticica inicia uma série de críticas ao Marxismo ou o Socialismo autoritário, porque baseado na autoridade.

Terceira Parte:

Inicia a terceira parte fazendo um contra ponto importante entre Centralismo e Federalismo. Fala também da questão do município como união de diversas Comunas e da união dos próprios Municípios em Federação e destas em Confederações que podem ser continentais ou internacionais. Também fala das questões de organização interna das Comunas, da distribuição da produção e sua conseqüente logística, das hierarquias funcionas (ligadas a função do trabalho, ou seja, realiza a tarefa quem a conhece e a domina profundamente), Enfim, a terceira parte de uma forma geral trata da organização sócio-política e econômica da sociedade libertária. Somente a terceira parte já seria material mais que suficiente para sustentar todo o conteúdo do livro e de sua importância.

Quarta Parte:


Oiticica inicia esta última parte com uma forte crítica as propostas dos reformistas, marxistas, cooperativistas indo de encontro a crítica bolchevista. Cita uma expressão de Kropotkin: “A Revolução Russa ensina-nos como não devemos fazer a Revolução”.
[3] Defende os Soviets e faz uma crítica pesada ao Stalinismo e ao Leninismo citando uma passagem de Trostsky ao criticar Lênin por sua aceitação ao Burocratismo que se inicia na Revolução Russa.

Nas últimas páginas do livro, Oiticica faz em parágrafos um apanhado geral dos acontecimentos mais importantes da Revolução Libertária na Ucrânia de 1917 liderada por Nestor Makhno. São as últimas 20 páginas do livro retratando a experiência do anarquismo russo de forma pontual.

Conclusão:

Será possível uma sociedade sem o uso do papel moeda ou do metal moeda para a realização das transações comerciais na atualidade? E naqueles anos 20, seria possível abolir o uso deste mecanismo facilitador das relações comerciais? Há uma passagem esclarecedora:

“Onde há propriedade particular, há agiotagem. O regime social em que vivemos, a arquia, é o regime da agiotagem. A anarquia é o regime social sem agiotagem. E como todo agiota é parasita, a anarquia é o regime social sem parasitas”.
[4]

A questão da natureza humana: quando Oiticica diz que o homem é o lobo do homem, chegando a citar a frase de Thomas Hobbes, “homo lupus”
[5], defendendo a idéia de um Estado regulador da concorrência, este, portanto, vê um homem mal na sociedade capitalista (por causa das inúmeras questões de influências educacionais que o próprio autor esmiúça durante a obra). Fica, porém a impressão de que o valor que o autor dá ao processo educacional para mudar estes homens lobos é demasiado fantasioso, pois teremos que fazer a revolução com este homem da atualidade: perdido, cheio de vícios, alienado, doente física, mental e socialmente. A impressão que se têm é a de que o autor possui uma visão muito Idealista da realidade (aqui me remeto a noção de Idealismo dentro da discussão da Filosofia), comprovada também pelo poema de abertura da obra “Nos meus momentos de meditação”, onde cita Platão. Nada porém que o faça sair do mundo real e apontar apenas na educação a saída para a grande transformação social como querem hoje tantos anarquistas academicistas e tantos outros militantes do movimento libertário no Brasil e no mundo. Oiticica deixa claro que a saída está na organização popular para a construção da sociedade libertária. Ou seja, botar a mão na massa pra fazer a revolução. Na página 83, letra b, há uma passagem em que o autor deixa claro que o homem possui uma boa índole, é bom por natureza. Ao contrário do que imagina Thomas Hobbes e a noção Hobbesiana de “o homem lobo do próprio homem”[6].

Um outro problema visto na obra é a noção de Estado que o autor nos traz. Ao definir o Estado como “órgão de defesa dos proprietários contra os proletários e de regularização da concorrência entre possuidores”, Oiticica nos traz a verdadeira função do Estado para os Liberais e o único objetivo previsto e aceito entre os Liberais para a função do Estado. Regular a concorrência afim de que não seja predatória. Já que podemos imaginar que o Neoliberalismo privatizou todas os outros serviços básicos de auxílio e assistência a população mesmo que o discurso fosse o de que o Estado deveria cuidar da saúde e da educação. Ao defender a idéia de que está é a função do Estado (regulação da concorrência) além de defensor da propriedade privada, Oiticica também faz uma crítica a organização do sistema econômico, pois nada mais diz que o capitalista é um ser tão desqualificado de inteligência que seria capaz de arruinar a si próprio pela concorrência destruidora de uns contra os outros. Por outro lado, ao definir uma destas duas funções ao Estado (regulador do comércio e defensor da propriedade), parece haver uma influência na leitura de alguns Liberais ao entender na figura do Estado um poder mínimo de regulação da concorrência entre as partes para o funcionamento benéfico do sistema. A influência de debates pré-Keynes parece estar envolvida nessa argumentação, por mais que tal debate da interferência ou não do Estado sobre a economia viesse a se acirrar pós crise de 29.

No mais, a obra segue sendo um material de primeiríssima qualidade que deve ser repassada e lida por todos os simpatizantes e militantes libertários. Merece crédito e defende com bons argumentos temas importantes, polêmicos e difíceis de serem compreendidos na sociedade, mesmo na atualidade. Material riquíssimo em qualidade.

[1] Oiticica, José. A doutrina anarquista ao alcance de todos. 5º Edição.Editora Achiamé. 2006. Rio de Janeiro. Página 36.
[2] Op. Cit. Pg. 61.
[3] Op. Cit. Pg. 124.
[4] Op. Cit. Pg. 38.
[5] Op. Cit. Pg. 35.
[6] Hobbes, Thomas. Leviatã ou matéria forma e poder de um Estado Eclesiástico e Civil. 1978. Editora Abril.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sobre o Anarquismo. Nicolas Walter.

Sobre o Anarquismo

Este livro de Nicolas Walter é um excelente material sobre a história do movimento libertário, o presente e as possibilidades para o futuro. Deveria ser lido por todo militante anarquista ainda no começo de suas atividades e para quem deseja iniciar as discussões acerca da anarquia.

Escrito em 1969, praticamente pouco tempo depois do maio de 68, esta obra expressa posições das diferentes práticas do anarquismo. Dividida basicamente em 4 partes: 1-Em que acreditam os anarquistas? 2-As diversas correntes do anarquismo. 3-O que querem os anarquistas? 4-O que fazem os anarquistas?

Na primeira parte, Walter inicia a discussão da história do anarquismo, indo de encontro ao Socialismo e ao Liberalismo. Faz a defesa explícita de que Liberdade não pode viver sem a Igualdade. Analisa o progresso da história humana de uma maneira que os anarquistas conseguem ver diferenciando-a da evolução histórica que acredita os marxistas: “Nós vemos a história não como um desenvolvimento linear ou dialético em uma determinada direção, mas como um processo dualista”.
[1] Há também grandes raciocínios acerca da questão da representação e da democracia e uma crítica muito bem embasada sobre o Estado e as Classes Sociais. Entra na questão da burocracia defendendo o anarquismo como a real oposição a este problema baseado em sua simples e eficaz organização. Critica a propriedade privada defendendo apenas o direito a pequena propriedade desde que não seja vinculada a exploração da mão de obra alheia. “Para os anarquistas, a propriedade se baseia na autoridade, e não o contrário”.[2] Também discorre sobre Deus e a Igreja, indo de encontro com a opinião de Bakunin sobre o tema (Deus é a autoridade que permite a existência do Estado e vice versa) e finaliza com uma discussão sobre o indivíduo e a sociedade.

Na segunda parte, apesar do título já assustar de ante-mão, “as correntes do anarquismo”, o autor não nos fala de “anarquismos” como ousam alguns falar. Pelo contrário, ele nos explica perfeitamente que “De fato, seria melhor considerá-las não como anarquismos diferentes, mas como aspectos diferentes do anarquismo, e isto em função da orientação de nossos interesses pessoais”.
[3]

Também na página 57, Walter faz uma crítica ao anarcosindicalismo:
“O argumento verdadeiro contra o anarcosindicalismo e o sindicalismo em geral é que acentua excessivamente a importância do trabalho e o papel da classe operária. O sistema de classes é um problema político crucial, mas a luta de classes não é a única atividade política para os anarquistas. O sindicalismo é aceitável quando se considera como um aspecto do anarquismo, não quando encobre todos os demais aspectos. É um ponto de vista válido até certo ponto, mas não é suficiente para tratar de resolver os problemas da vida, fora do trabalho”
[4]. Neste ponto podemos até concordar com Walter, porém em partes e fazendo as devidas ressalvas. Vamos a elas:

1-Que o anarcosindicalismo não pode estar em todas as atividades humanas, talvez o autor tenha razão. Mas até hoje não consegui imaginar onde pode a sociedade e toda sua riqueza e conhecimentos e pluralidades do mundo atual, estarem fora do Sindicato? Fiz essa pergunta a mim mesmo alguns anos atrás: onde é que a sociedade escapa de seu núcleo (que para os anarcosindicalistas é o Sindicato)? Onde a sociedade não se realiza dentro do Sindicato? Na cultura? Está no Sindicato. Na Educação? Está no Sindicato. Na questão da sexualidade? Está no Sindicato. No aspecto econômico? Está no Sindicato. Sinceramente não consigo ver nenhuma outra Instituição da Sociedade Humana que consiga receber tão bem todas as demais atividades humanas (e tão bem todas as outras Instituições da Sociedade Humana) quanto é o Sindicato.

2-Se a luta de classes não é a única atividade política para os anarquistas, é porque talvez nosso autor tenha alguma discordância quanto a questão de que a discussão de gênero, racial, sexual, étnica, ambiental, animal e outras não sejam influenciadas pelo aspecto econômico que é sempre determinante numa sociedade de classes acima de todos os outros aspectos da sociedade humana que cito acima, tais como gênero, raça, sexo, etnia, ambiental, animal e outras. Em outras palavras, o acirramento da Luta de Classes deve ser o maior dos objetivos dos anarquistas tanto no passado como no presente e no futuro. Sem a derrubada da sociedade de classes, portanto a derrubada do Estado e do Capitalismo, a questão da mulher e do homossexual, do sexo, do negro e das demais etnias assim como a do meio ambiente e a dos animais também não serão livres.

3-“E um ponto de vista válido até certo ponto, mas não é suficiente para tratar de resolver os problemas da vida, fora do trabalho”. Mas praticamente todos os problemas da vida estão associados ao trabalho. Se não resolvermos o problema do trabalho, não resolveremos o problema de nossas vidas. Citemos alguns exemplos: a questão do sexo. As sociedades humanas fizeram (forçosamente ou não) escolhas quanto a vida que levaria já na nossa pré-história ao preferirem passar o dia trabalhando e gastando suas energias ao invés de depositá-las no sexo. O homem retira parte de sua energia vital diária para descarregá-la sobre o labor. A questão educacional das crianças também está intimamente envolvida com a questão do trabalho assim como provavelmente todas as outras atividades ou anseios da humanidade. O trabalho é determinante sobre toda a sociedade humana.

Portanto, para finalizar a crítica que o autor faz ao anarcosindicalismo: pode até ser que em alguma atividade humana, a sociedade esteja fora do âmbito do mundo do trabalho, porém sinceramente não consegui imaginar como isso aconteceria.

Indo a terceira parte do livro, “O que querem os anarquistas?” Neste capítulo o autor tece uma série de argumentos sobre os anseios, projetos e propostas para a sociedade libertária futura através do que já foi construído pelos anarquistas no passado e no presente. Fala da questão do indivíduo e da nova família libertária; da sociedade livre e das suas organizações internas, ou seja, se seus núcleos serão comitês, comunas, assembléias, sindicatos, sovietes, conselhos, etc. Entra na discussão do trabalho e de quanto ele é sacrificante na sociedade de classes e traz uma preocupação que é a dos libertários: enquanto os marxistas, a direita e a esquerda se preocupam com a questão da produção e de quanto é importante o aumento da produção para atender os anseios do mercado (ou de quem tem dinheiro para comprar), o interesse dos anarquistas é pelo consumo. Quem mais precisa consumir, está consumindo? Quem mais precisa consumir, tem acesso ao básico? Possui o básico? Pelo menos nos períodos de paz, a grande preocupação libertária é em torno do consumo e não da produção. Já em outro momento histórico, como a Revolução Espanhola, a preocupação com a logística e a produção atenderem de fato aos anseios da Classe Trabalhadora são muitas. Portanto, neste momento, a preocupação também se dá com a produção.

A questão do necessário e do supérfluo também é muito importante. O autor destaca que “Uma sociedade com um mínimo de decência não pode permitir a exploração das necessidades fundamentais”.
[5] O autor também entra nas discussões sobre a educação, repressão, revolução e reforma não acreditando que a última possa trazer de fato a sociedade libertária tão sonhada.

A última parte de sua obra, “o que fazem os anarquistas?” É uma lógica de fatos e ações a serem realizadas desde a tomada de consciência do indivíduo até a sua organização em grupo e a provável possibilidade de que o grupo consiga de fato “incomodar” o sistema chegando ao ponto de ser reprimido pelas forças do Estado. Quando a repressão se abate sobre o coletivo, pode-se ter certeza que a organização está conseguindo causar desconforto e desordem no caminho do Estado e de suas forças policiais. Também realça algo que é extremamente importante de ser lembrado, evitar a todo custo o contato direto com as autoridades. O autor relembra a “propaganda pela ação”, a “propaganda pela palavra” e os métodos de “Ação Direta” que devem ser táticas do movimento para ir ganhando apoio e crescer afim de preparar o objetivo final que é a revolução. Nos finaliza dizendo que apesar de sermos minorias em quase todos os lugares, devemos combater sempre, onde quer que tenhamos possibilidade, independente se a luta é reformista ou não, temos que estar presentes afim de aumentarmos os nossos movimentos e levarmos as nossas propostas adiante.

Walter, Nicolas. Sobre o Anarquismo. Editora Achiamé. 2º Edição. Rio de Janeiro.
[1] Walter, Nicolas. Sobre o Anarquismo. Editora Achiamé. 2º Edição. Rio de Janeiro. Pg. 19.
[2] Op. Cit. Pg. 33.
[3] Op. Cit. Pg. 57.
[4] Op. Cit. Pg. 57.
[5] Op. Cit. Pg. 69.